domingo, 28 de abril de 2024
Prefeitura estuda privatizar espaços em Goiânia

Prefeitura estuda privatizar espaços em Goiânia

A Prefeitura de Goiânia estuda realizar parcerias público-privadas para o Grande Hotel, o Jóquei Clube o e Parthenon Center.

18 de setembro de 2023

Grande Hotel é hoje de propriedade do INSS e deve ser repassado para a Prefeitura em quitação de dívidas

A Prefeitura de Goiânia estuda realizar parcerias público-privadas (PPPs) que devem destinar grandes edifícios no Centro da capital para novos projetos de gestão da iniciativa privada. O objetivo é revitalizar a região. Entre eles, estão o Grande Hotel, o Jóquei Clube o e Parthenon Center. Em recente encontro com lideranças do Fórum das Entidades Empresariais de Goiás, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) detalhou mais o projeto. E prometeu apresenta-lo oficialmente até o final deste ano.

“Encontramos, no início da nossa gestão (2021), cinco projetos que tratavam da revitalização do Centro de Goiânia. Nenhum deles avançou. Vamos apresentar um que incorpora os melhores pontos destes outros e também apresenta avanços para a nossa capital”, afirmou.

O prefeito disse que o Grande Hotel, na Avenida Goiás, pode se tornar num palco cultural de Goiânia. Inaugurado em 1937, foi o terceiro prédio da capital. Com 60 quartos em três andares, por muitos anos era o principal local de hospedagem de políticos e empresários em visita a Goiânia. Além de local dos principais eventos sociais da sociedade goianiense.

Hoje o edifício é de propriedade do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). Contudo, segundo Rogério Cruz, deve ser repassado ao município. Principalmente para a quitação de dívidas de mais de R$ 7 milhões com o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Goiânia (IPSM). O Grande Hotel atualmente, parcialmente ocupado pelo INSS, também serve de local para oficinas culturais realizadas pela Prefeitura.

As instalações do primeiro clube recreativo de Goiânia estão abandonadas há anos na Avenida Anhanguera

Jóquei Clube

O prefeito afirmou que o Jóquei Clube de Goiânia tem dívida de R$ 35 milhões com o município, que deve receber o complexo como pagamento. O projeto, segundo Rogério Cruz, é realizar parceria com o Sesc/Senac (da Fecomércio-GO) e transformar o local num polo gastronômico e em clube de lazer e recreação. “Queremos incentivar a atração de atividades para o Centro de Goiânia”, frisou Rogério Cruz.

Fundado em 1938, no início da construção de Goiânia, o Jóquei Clube era uma das poucas edificações na Avenida Anhanguera. Na década de 60 passou por significativas expansões em projeto assinado pelo arquiteto e urbanista Paulo Mendes da Rocha, autor do Estádio Serra Dourada. A conclusão da nova estrutura, considerada moderna na época, aconteceu em 1975 e deste então ocupa quase 22 mil metros quadrados no Centro. Com amplo centro de lazer e esportes, salão de festas, restaurantes, churrasqueiras, piscinas e quadras poliesportivas.

Mas, duas décadas depois, começava o declínio do Jóquei, com a inauguração de novos clubes na capital. Os sócios que ainda restam tentam vender o complexo abandonado, atualmente numa negociação com uma igreja evangélica. Mas a elevada dívida com o município (além de outras) tem sido um obstáculo.

Parthenon Center

O terceiro espaço trata-se do Parthenon Center. Trata-se de um prédio de 45 mil metros quadrados inaugurado em 1976 e que ocupa um quarteirão no Centro de Goiânia. Por muitos anos foi considerado o símbolo do modernismo da capital goiana. Além de salas comerciais e galerias de arte, tem garagem para 980 carros, sendo que 80% delas são de propriedade da Prefeitura, segundo Rogério Cruz. O prefeito disse que o prédio pode ser desapropriado e revitalizado em parceria com a iniciativa privada. Principalmente para ampliar a área do estacionamento vertical. Mas não deu maiores detalhes do projeto.

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