ANÁPOLIS: a expectativa no governo de Goiás é que a Infraero assuma o aeroporto em 2024 e venda a sua concessão para a iniciativa privada.
Está praticamente definido o destino do Aeroporto de Cargas de Anápolis. O governo de Goiás repassará a sua concessão para a Infraero que, por sua vez, deverá privatizá-lo. Segundo apurou o EMPREENDER EM GOIÁS (EG), no governo de Ronaldo Caiado (UB) estima-se que a federalização estará concluída até o final de 2024. Já a privatização dependerá de investimentos mínimos no terminal para viabilizar o interesse da iniciativa privada em assumir a concessão.
O aeroporto teve obra iniciada em 2010 e consumiu mais de R$ 300 milhões do Estado. Entretanto, nunca foi concluído. Para piorar, apresentou problemas em sua estrutura, principalmente na pista de 3 mil metros de extensão. É que, segundo engenheiros da Goinfra, ela foi construída sobre uma nascente e aterro. Ou seja: apresenta risco de afundamento com o peso das aeronaves de grande porte.
A estimativa da Goinfra é que, para concluir o Aeroporto de Cargas de Anápolis, sejam necessários investir mais R$ 150 milhões. Isso apenas para corrigir falhas no projeto e na execução das obras já realizadas. Pelo menos mais outros R$ 150 milhões seriam necessários para a construção das instalações prediais, pistas auxiliares, acesso à BR-153, etc.
O atual governo estadual já investiu mais de R$ 20 milhões em um canal de drenagem na cabeceira da pista principal. Em maio deste ano, o governador Ronaldo Caiado (UB) solicitou oficialmente ao Ministério de Portos e Aeroportos que a Infraero assumisse o aeroporto de Anápolis.
O governo de Goiás não pretende realizar os demais investimentos necessários para tornar operacional o terminal. Entretanto, para viabilizar o interesse da iniciativa privada em assumir o Aeroporto de Cargas de Anápolis, avalia que a Infraero terá de realizar parte destes investimentos.
Nos bastidores, especula-se que os Correios podem ter interesse de assumir a concessão e investir na conclusão do Aeroporto de Cargas de Anápolis. Principalmente, por conta sua localização estratégica (Centro do País). Convém lembrar que a estatal está construindo no município goiano um dos seus maiores centros internacionais de distribuição do País, que deve entrar em operação em meados de 2024.