domingo, 28 de abril de 2024
Equatorial: ‘Estamos em Goiás há apenas 10 meses’

Equatorial: ‘Estamos em Goiás há apenas 10 meses’

Presidente da Equatorial Goiás garante que os investimentos de R$ 1,38 bilhão neste ano reduziram as reclamações de consumidores goianos.

20 de outubro de 2023

“Não estamos olhando para trás”, diz Lener Jayme, presidente da Equatorial Goiás

O presidente da Equatorial Goiás, Lener Jayme, garante que a companhia trabalha dia e noite para melhorar o fornecimento de energia no Estado. Que, reafirma, vem de mais de 20 anos de subinvestimento. “Entendo perfeitamente a frustração da população, que não é de hoje. Mas estamos aqui há apenas 10 meses. Não estamos olhando para trás, estamos trabalhando muito para garantir um futuro diferente para os goianos. Não faltarão investimentos. Muito menos dedicação da minha parte e dos mais de 15 mil colaboradores para reconstruir a rede de energia de Goiás”, afirma.

É uma resposta às críticas de empresários goianos, que reclamam de prejuízos com as quedas no fornecimento de energia elétrica do Estado (leia aqui). O presidente regional da empresa afirma que, somente no primeiro semestre deste ano, a Equatorial Goiás executou investimentos de aproximadamente R$ 1,38 bilhão no Estado. “Os recursos foram aplicados para evoluir gradativamente na qualidade e confiabilidade do serviço prestado, garantindo a satisfação dos clientes goianos e beneficiando a sociedade”, frisa.

Foram modernizadas 221 subestações no Estado e entregues a subestação Aparecida, incluindo mais uma Linha de Distribuição de Alta Tensão (LDAT); a linha Goianésia-Barro Alto e a Subestação Riviera-Parque Atheneu, em Goiânia. Já no início deste segundo semestre, a companhia informa que entregou a reconstrução da Subestação Anápolis Universitário e a ampliação e melhorias nas Subestações Daia e Jundiaí, além de ter anunciado a previsão de entrega da nova linha Pireneus-Daia para este ano.

Diagnóstico

Lener Jayme afirma que, ao assumir a concessão goiana, a Equatorial Goiás realizou um diagnóstico completo da rede elétrica. Identificou que mais de 40% das unidades transformadoras de distribuição de energia apresentam sobrecarga. Além disso, 72% dos circuitos são monofásicos (com apenas um recurso de fornecimento) e 14% dos ativos da concessão estão depreciados.

“Diante desse cenário, a tempestade que não acontecia no Estado há 22 anos no mês de agosto e a subsequente onda de calor provocaram severos danos ao sistema elétrico”, frisa. Isso porque as chuvas acompanhadas de ventos fortes provocam quedas de árvores e outros objetos sobre a rede elétrica, entre outros tipos de danos. Já as altas temperaturas provocam maior consumo e, consequentemente, sobrecarga no sistema.

Normalmente, o consumo médio residencial dos goianos fica na faixa de 166 kWh. Em setembro fechou em aproximadamente 197 kWh por instalação, aumento de 11% quando comparado ao mesmo mês do ano passado. E de 13% na comparação com agosto deste ano.

Com os investimentos, quando comparado o período de janeiro a julho de 2022 com o mesmo período de 2023, o número de reclamações dos consumidores diminuiu 19% no geral, garante a empresa. Sendo que no Procon (GO) essa redução foi de aproximadamente 45% e na AGR/Aneel o decréscimo foi de 26%. “Os impactos das chuvas de agosto e da onda de calor seriam muito maiores se não tivéssemos investido tanto na rede no primeiro semestre”, frisa Lener Jayme.

Reajuste

Com relação à revisão tarifária periódica (RTP), foi aprovada pela Aneel e que começa vigorar neste domingo (22/10), a Equatorial diz que segue a regulamentação em vigor, ocorrendo a cada cinco anos na concessão de Goiás, sempre em outubro. “O efeito médio da revisão será de 3,54%, portanto, abaixo do IPCA (inflação), que acumula 5,19% nos últimos 12 meses”, diz o presidente.

Ele lembra ainda que numa conta de energia de R$ 100, apenas R$ 27,20 ficam com a Equatorial Goiás para realizar toda a operação e a manutenção da rede elétrica e investir na expansão e na qualidade do sistema de distribuição. O restante vai para impostos, encargos setoriais e custos de geração e transmissão de energia. Repassados às empresas de geração, transmissão e aos governos federal (encargos setoriais e PIS/COFINS) e estadual (ICMS).

Wanderley de Faria é jornalista especializado em Economia e Negócios, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA/FEA/USP - BM&FBovespa

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