sábado, 27 de abril de 2024
Desde setembro deste ano, empresa já realizou cinco viagens de trem entre Anápolis e Porto de Santos para transporte de contêineres.
A empresa Brado inaugura oficialmente no próximo dia 30 suas operações comerciais no Porto Seco Centro Oeste, em Anápolis (GO). A empresa opera na linha ferroviária que liga Goiás ao porto de Santos (SP). Desde setembro deste ano, já realizou cinco viagens de trem neste trecho para transportar mercadorias por contêiners. Levando principalmente pluma de algodão para exportação, glicerina vegetal e grãos.4
“Será uma oportunidade para nossos steakholders conhecerem de perto a nova operação da empresa. Que já está se consolidando em diversos mercados, como os de pluma de algodão e insumos agrícolas”, diz Daniel Salcedo, diretor Comercial da Brado.
A primeira viagem de trem entre o Porto de Santos e Anápolis, em setembro passado, tratou-se de um teste da Ferrovia Norte-Sul, operado pela concessionária Rumo. A construção do modal começou há 40 anos e teve a sua estrutura 100% concluída neste ano. Com 58 vagões da Brado puxados por locomotivas da Rumo, a viagem de 1,5 mil quilômetros durou três dias até o Porto Seco Centro-Oeste.
As primeiras viagens na Ferrovia Norte-Sul serviram principalmente para homologação da ferrovia por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em que a velocidade é reduzida. A expectativa agora das empresas é de realizar pelo menos duas viagens por semana de Anápolis. Que também receberá cargas de grãos do Centro-Oeste, até os portos no Sudeste do País, especialmente o de Santos.
A partir do Porto Seco Centro-Oeste, serão atendidos por ferrovia os mercados de exportação de algodão, mineração, siderurgia e alimentos. Incluindo açúcar, farelo de soja e grãos em contêineres, além de proteínas bovinas por meio das operações com contêineres reefer (refrigerado). Atualmente, estes mercados já movimentam cerca de 45 mil contêineres ao ano. Mais de 65% têm como destino o Porto de Santos, de acordo com informações divulgadas pela Brado.
A Rumo investiu R$ 4 bilhões em obras de infraestrutura, terminais e material rodante nos ramos central e sul da Ferrovia Norte-Sul, desde que assumiu a concessão da Malha Central. Em quatro anos, a concessionária Rumo inaugurou três terminais, construiu quatro pontes entre Goiás, São Paulo e Minas Gerais.
Além disto, construiu um pátio de ligação entre as Malhas Central e Paulista na cidade de Estrela D’Oeste, formando um corredor até o Porto de Santos. Trata-se do principal hub portuário da América do Sul e que concentra a exportação de commodities agrícolas para o mundo.
Com extensão total de 1.527 quilômetros, a Norte-Sul passa por quatro regiões do Brasil: Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Nordeste. Este último, em trecho sob concessão da VLI.
Para esta nova rota, a Brado projeta uma emissão evitada de 160 mil toneladas de CO2 nos próximos cinco anos. Isso equivale à emissão de mais de 34,5 mil veículos. Seriam necessárias 1,1 milhão de árvores para absorver integralmente esse volume.
Outro impacto positivo será percebido na segurança nas estradas, ao reduzir as distâncias percorridas pelos caminhões. Os caminhoneiros percorrerão trechos mais curtos, o que também reduz o número de acidentes.
As cargas ganham segurança na solução com o trecho ferroviário, com redução de perdas no transporte, e de furtos e roubos. O transporte multimodal também agrega valores de regularidade, eficiência operacional e competitividade, especialmente em casos de longas distâncias.
