domingo, 28 de abril de 2024
É uma liberalidade da empresa dispensar ou não os colaboradores nos dias de jogos do Brasil. Confira como se organizar neste período.
A Copa do Mundo 2022 tem início no próximo dia 20. A questão é que, como em praticamente todas as outras, a maioria dos jogos será realizada em dias úteis e em horário comercial. O Brasil vai enfrentar a Sérvia em 24 de novembro, quinta-feira, às 16 horas. Depois a Suíça, dia 28, às 13 horas. E o Camarões, em 2 de dezembro, numa sexta-feira, às 16 horas. Se a seleção passar da primeira fase (e vai passar, claro), acontecerão mais jogos em dias úteis, às 16 horas (na maioria dos casos) e alguns às 12 horas.
É importante ser levado em consideração não só o horário do jogo, mas também o tempo de deslocamento dos funcionários. Por exemplo, se a partida acontecer às 16 horas, a empresa poderá liberá-los com 1 hora de antecedência, sendo esse período também passível de compensação.
Isto faz que as empresas precisem definir com os colaboradores como se organizar neste período. É uma liberalidade da empresa dispensar ou não os colaboradores. Se a opção for dispensar, poderá haver a compensação de jornada, por meio de acordo individual, que deverá que ser estendida a todos os colaboradores.
Mas, para Gabriela Mative, diretora da consultoria de RH Luandre, a flexibilização proporciona um ambiente empresarial mais harmônico. “Trata-se de um benefício muito bem visto. Fortalece o vínculo com o profissional e não costuma acarretar em falta de produtividade. Pelo contrário, a satisfação por poder acompanhar o jogo com tranquilidade cria um bom ambiente e gera boa reputação para os contratantes”, afirma a especialista.
A flexibilização não tem regras e fica a critério da empresa. “Algumas podem conceder folgas, compensadas por meio de banco de horas, outras liberam os funcionários mais cedo ou possibilitam o trabalho remoto, mesmo quando o trabalho é 100% presencial”, diz Gabriela Mative.
Para empresas em que os profissionais não podem se ausentar do local de trabalho, a especialista diz que uma boa alternativa é possibilitar a exibição das partidas em algum espaço compartilhado. “É uma oportunidade de socializar e muitas empresas apostam em comes e bebes, decoração especial e até mesmo na organização de bolões, valendo premiação entre a equipe”, frisa.
Por ser uma liberalidade da empresa a decisão de liberar, ou não, os colaboradores para a assistir os jogos do Brasil, não poderá descontar as horas ou dias no salário dos colaboradores que assinaram o acordo individual. Importante destacar que os colaboradores também devem estar de acordo com liberação e futura compensação, assinando o acordo individual tanto como concordância, quanto como comprometimento em compensar as referidas horas.
Saiba mais: Comércio goiano: Copa traz alegrias e preocupações
Leia também: Bares goianos se preparam para a Copa
