Inspire-se em 8 goianas empreendedoras

Cada vez mais as mulheres ganham destaque quando se fala em negócios. São empreendedoras com histórias inspiradoras e que batalham para transformar seus sonhos em negócios rentáveis e bem-sucedidos. Atualmente, as mulheres estão à frente de 35% das unidades de negócios registradas em Goiás. Mas, a tendência é crescer.

Nesta quarta-feira (8/3), será celebrado o Dia Internacional da Mulher. Para homenageá-las, o EMPREENDER EM GOIÁS (EG) relembra 8 belas e inspiradoras histórias de mulheres que se transformaram em exemplos para quem quer empreender. Em comum, elas investem pesado na profissionalização dos seus produtos e serviços para conquistar mercados. Se emocione e mire-se nestes cases de sucesso.

Superação e visão empreendedora

Filha de um mecânico e de uma dona de casa e comerciante, de quem herdou a paixão pelo empreendedorismo, a goiana Ana Claudia Camargo cursava Biomedicina e era vendedora ambulante de bombons. A renda era necessária para pagar a mensalidade do curso. Caminhava 10 quilômetros todos os dias para ir à faculdade, porque não sobrava dinheiro para pagar as passagens de ônibus. Ainda muito jovem, perdeu a mãe e o pai. Descobriu que sua vocação era para docência. Em 2015, ao perceber um potencial no mercado, criou o Instituto Health, com cursos livres na área de saúde, inserindo conceitos práticos de empreendedorismo e marketing. Em sete anos, a edtech de educação continuada ITH formou mais de 6 mil alunos no Brasil e no exterior. A meta é chegar ao final deste ano com 10 mil formados.

Negócio nasceu na pandemia

Tudo começou em plena pandemia com o lançamento das calças legging. Depois, vieram os top, os t-shirts e os coletes. Em menos de três anos no mercado, sob o comando da empresária Lorena Resende, a empresa goiana Glossy, especializada em moda fitness, já faz sucesso em mais de 100 países. Principalmente no Brasil, Estados Unidos, Japão, Austrália e Europa. São mais de 150 colaboradores envolvidos na criação, produção e venda das quase 30 mil peças por mês. Para tanto, a mãe cuida da área de produção, o pai administra a empresa e ela, da área de marketing. Hoje, 15% das vendas são via internet e 85% através de revendedores espalhados em todo o Brasil e em dezenas de países.

Ser a melhor no seu segmento

Destaque no mercado nacional de produtos eróticos, a empresária goiana Calianer Paglia teve de superar muitos desafios para conquistar o sucesso. A sua empresa Quente Caliente cresceu mais de 100% nos últimos três anos e foi eleita, por três vezes consecutivas, a melhor do Brasil pela Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico (Abeme). Seu segredo: falar sobre sexo de uma forma leve de divertida e ao mesmo tempo investir em profissionalismo para oferecer produtos diversos. Analisa a abertura de novas lojas ou, talvez, criar uma franquia. Seu nome se tornou referência no País e Calianer tem sido procurada por marcas de produtos eróticos, um mercado que se profissionalizou no Brasil.

Conhecimento que gera milhões

A busca pelo conhecimento, que mudou a sua vida, é o conselho de Tathiane Deândhela para quem quer empreender com sucesso. Fundadora do Instituto Deândhela, ela fatura mais de R$ 10 milhões por ano na formação de palestrantes. Com mais de 3 mil alunos participantes de seu treinamento “Vivendo de Palestras On-line”, e cobrando R$ 35 mil por palestra, tem agenda lotada para os próximos meses. Ao todo, o faturamento soma mais de R$ 30 milhões. Sua atuação como palestrante e trainer começou na época em que ela trabalhava em uma rede de faculdades. Após ser demitida, ela entendeu que precisava ter seu próprio negócio e investiu seu primeiro R$ 1 milhão, conquistado na carreira corporativa, para dar início ao Instituto.

Sociedade que deu certo

Em 2018, as empreendedoras Márcia Queiroz e Michelle Wadhy formaram sociedade e abriram um pequeno salão de beleza com proposta diferenciada: serviços de maquiagem, escova e cabelo em até 40 minutos. E sem necessidade de agendamento. Isso porque as duas amigas (e agora sócias) não encontrarem um salão que as atendesse sem hora marcada. Assim começou a história de sucesso da Fast Escovas. De lá para cá, foram comercializadas 168 unidades, das quais 100 estão em operação. A perspectiva é de crescimento da rede em mais de 50% em 2023, quando todas as novas lojas estiverem em funcionamento no País. Por isso, é uma das maiores redes de escovaria do Brasil.

Da pesquisa para o negócio

A farmacêutica Nathalia Barbosa estava pesquisando o aproveitamento dos resíduos de goiaba para alimentos quando percebeu que suas mãos ficavam muito hidratadas no processo de manipulação. Pesquisou e desenvolveu o insumo para esfoliante natural produzido a partir de sementes de goiaba. Assim, em 2018, foi criada a LunaGreen (lua verde), em Aparecida de Goiânia. É a primeira indústria de Goiás que produz insumos para o setor de cosméticos. Tudo 100% vegano. “Para empreender, é preciso amar muito o que se faz. É viver isso 24 horas por dia”, disse. A Luna Green ficar entre as 24 melhores startups do Brasil no ranking Sebrae Like a Boss 2022.

Pipocas que fazem sucesso

Em 2015, a chef Elaine Moura apostou no sonho de empreender e criou a PopCorn Gourmet, em Goiânia. Começou a vender pipocas doces com sabores diferentes do tradicional, como caramelizadas com chocolate, aveludadas com leite em pó ou cobertas por Ovomaltine, cookie, paçoca com especiarias, caramelo com flor de sal e churros com doce de leite. Atualmente, conta com mais de 45 unidades, que operam em 11 estados do Brasil. Além disso, a empresa tem fábrica e unidades recém-inauguradas em Miami e, em breve, vai inaugurar uma fábrica em Portugal. Recentemente, chegou às prateleiras de algumas unidades da rede Carrefour. “Eu faria tudo novamente. Acreditar nos seus sonhos te leva a lugares inimagináveis”, afirma a chef.

Joalheira com preocupação social

A artista Adeguimar Arantes, proprietária da joalheria que carrega seu nome, conquistou o mundo com suas peças que traduzem o cerrado. Adeguimar já recebeu inúmeras honrarias e premiações. Entre esses, o prêmio de Mulher Empreendedora do Sebrae, de 2006. Fazendo jus ao prêmio recebido, a joalheira usa todo seu conhecimento, experiência e criatividade no projeto Farei Joias. A iniciativa acolhe pessoas de todas as idades, formações e níveis sociais. Mostra que a joalheria é uma fonte de renda ao alcance de todos, cultural e inclusiva. Também desenvolve um projeto que capacita outras mulheres, principalmente indígenas e quilombolas, a produzir, significar e transformar talentos em joias com valor não só financeiro, mas representativo.