domingo, 28 de abril de 2024
O Centro Internacional dos Correios em Goiás terá capacidade para movimentar 300 mil remessas de importação por dia a partir de 2023.
O Centro Internacional dos Correios (CEINT) em Anápolis, cujo contrato de locação com o Porto Seco Centro-Oeste foi assinado nesta terça-feira (27/12), terá capacidade para tratar 300 mil remessas de importação por dia. Entrará em operação no segundo semestre de 2023. Será o primeiro centro de distribuição para a nacionalização e expedição de objetos postais nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. E um dos maiores do País. Só para exemplificar, os Correios em Goiás hoje processam 100 mil encomendas diariamente.
Com o Centro Internacional, Anápolis se consolidará como um dos mais importantes polos de logística do País. Pelo município passam as ferrovias Norte Sul e Centro-Atlântica e rodovias federais e estaduais. Além disso, também funcionam no local o Porto Seco Centro-Oeste, que movimenta e armazena carga nacional e internacional e ainda o aeroporto de cargas, que ainda não entrou em operação.
Os Correios contam atualmente com outros centros internacionais em São Paulo (SP), Valinhos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR). Em Anápolis, o próximo passo será realizar a licitação para a obra, cujo valor em investimentos ainda não foi definido. Mas sabe-se que serão aplicados recursos do Porto Seco e dos Correios.
Com efeito, essa estrutura construída ao longo dos anos foi determinante para que se concretizasse o que o diretor de Operações do Porto Seco, Everaldo Fiatkoski Júnior, definiu como “um grande sonho”. “Foram mais de dez anos de tratativas para que nós conseguíssemos finalmente realizar esse sonho, assinatura de contrato que permite a instalação de um centro internacional de negócios aqui em Anápolis”, comemorou.
Everaldo esclarece que o Porto Seco é uma empresa privada que presta, desde seu início, um serviço público, de armazenagem e movimentação de carga em área alfandegada como permissionário da Receita Federal. “Além disso, aos poucos, fomos desenvolvendo um trabalho muito forte de apoio na logística das indústrias, das empresas em geral”, frisa.
“Esse trabalho, claro, traz um valor agregado muito forte para o mercado em geral. Por isso, sempre nos vimos como uma empresa de atração de negócios para os locais onde estamos instalados”, acrescentou Everaldo. Anápolis é a matriz. “O Centro Internacional trará muita agilidade para um trabalho que antes era todo concentrado em Curitiba (PR)”, explica o diretor do Porto Seco Centro-Oeste.
O CEINT de Anápolis representa o principal projeto dos Correios no Estado de Goiás pelo menos nos últimos 20 anos, enfatiza o superintendente estadual dos Correios em Goiás, Frank Moura. “Estamos tratando de uma operação superlativa, que será três vezes maior à que temos atualmente em todo o Estado”, diz.
Por isso, ele aponta uma tríade de benefícios. Para a comunidade, com agilidade, menos manuseio; para os funcionários dos Correios, novos desafios e chances de ascender na carreira; e para a população de Anápolis. O CEINT deve empregar diretamente, só na atividade de manuseio de carga, 400 pessoas. Isto sem contar os empregos diretos nas atividades de suporte, além dos empregos indiretos.
O presidente dos Correios, Floriano Peixoto, destaca a localização estratégica de Anápolis e a de mão de obra qualificada. “O comércio eletrônico internacional cresceu demais e queremos que essa demanda seja atendida com mais rapidez, qualidade e com preço mais razoável. O que será possível com o aumento de escala”, ressalta.
Secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima enfatiza a localização privilegiada de Anápolis e de Goiás na logística de distribuição do País. “Temos uma grande quantidade de rodovias e ferrovias que aqui passam. Além da presença do Porto Seco, do aeroporto de cargas que ainda precisamos colocar para funcionar, mas temos o aeroporto internacional a poucos quilômetros, em Goiânia. São fatores que colocam Goiás em posição de destaque”, afirma.
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Uma excelente notícia não só para Anápolis, que se consolida cada vez mais, como um polo logístico, importante no país, como também coloca Goiás, em posição destacada no setor.
Goiás, a partir de 1973, com a lei estadual 7.700, (FEINCOM), abriu as portas para a industrialização. Nas décadas seguintes continuou ousando, veio a lei estadual 9.489/84, em substituição a de 1973, (Fomentar), na sequência em 2000, vem a lei estadual 13.591/00, em substituição a de 1984 (Produzir), nesse programa se criou o (COMEXPRODUZIR). Ele permitiu a viabilização do Porto Seco, no que tange ao desembaraço de cargas, a partir de incentivos fiscais. Finalmente em 2020, através da lei estadual 20.787 (PROGOIÁS), criada para substituir tanto o Fomentar quanto o Produzir, com o objetivo de concessão de benefícios fiscais, (crédito outorgado nas operações interestaduais e redução na base de cálculo nas operações internas além do crédito especial para investimentos), todos convalidados no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária.
Todas essas políticas públicas, tem contribuído para o Estado, continuar crescendo acima da média nacional e propiciar investimentos como esse que estará em Anápolis, no segundo semestre.